03 janeiro, 2007

Teresa Salgueiro e Sal - Madredeus em Novos Caminhos


Os Madredeus entraram agora em «ano sabático», segundo as palavras de Pedro Ayres Magalhães ao desmentir a dissolução do grupo, e começam a saber-se novidades sobre os novos projectos de alguns dos elementos do grupo. Para já, a mais «bombástica» é a do novo rumo da carreira da cantora Teresa Salgueiro (na foto, de Daniel Blaufuks), que estreia nos próximos dias em S.Paulo, Brasil, o seu reportório dedicado à bossa-nova e à música popular brasileira, reportório que também integra o seu primeiro álbum a solo (se considerarmos que «Obrigado» era um álbum de colaborações e duetos e não um verdadeiro disco a solo), com edição marcada para Março. A outra, mais discreta mas não menos excitante (pelo que promete musicalmente), é a do projecto «Sal», com José Peixoto e Fernando Júdice a bordo.

Teresa Salgueiro apresenta-se ao vivo no Golden Cross Jazz Club/Tom Jazz, em S.Paulo, dias 10, 11, 12 e 13 de Janeiro, interpretando «standards» de bossa-nova e de MPB compostos por Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Pixinguinha, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Dolores Duran, Luiz Bonfá, Ismael Neto, Antonio Maria, Carlos Lyra e Henricão, entre outros, sendo acompanhada pelos músicos João Cristal (piano), Nailor Proveta (saxofone e clarinete), Marcos Paiva (baixo acústico), Paulo Dafilin (guitarra), Daniel de Paula (bateria) e Maria Diniz e Adriana Dré nos coros. Os mesmos músicos que participam no álbum em que Teresa Salgueiro interpreta 22 temas brasileiros e que a EMI portuguesa edita em Março deste ano. Em Abril, Teresa Salgueiro inicia uma digressão mundial com espectáculos baseados neste alinhamento.

Entretanto, os seus colegas José Peixoto (guitarra) e Fernando Júdice (baixo acústico) - eles que já tinham protagonizado o álbum «Carinhoso», também dedicado à música brasileira (chorinhos) - estão envolvidos num novo projecto de nome Sal, em que também participam a fadista Ana Sofia Varela e o percussionista Vicky. O projecto apresenta-se dia 4 de Março na Casa da Música, Porto, e segundo o press-release inserido no site desta sala de espectáculos, «Sal cruza música de raiz ibérica com a dimensão atlântica do percurso lusófono» e «surge como herdeiro de um legado fadista, recusando‑se a sê‑lo pela diferença da instrumentação e (por) um sentimento onde o convívio da diferença se alia despreocupadamente à mestiçagem da forma».

1 comentário:

ANNA-LYS disse...

Hello Antonio,
Don't you have Christmas Season until the 7:th of January in Portugal? Your are as always diligently writing your work down in the blogarticles. Hope you and your family get some time to relax as well.

*hugs*